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ANS deve obrigar Amil a reassumir em definitivo planos individuais.

Extra | 28/04/2022

A Amil deverá ser obrigada a reassumir definitivamente os 340 mil contratos de planos de saúde individuais que tinha transferiado a APS – Assistência Personalizada à Saúde, operadora também do UnitedHealth Group, em janeiro. Segundo fontes próximas a operação, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve bater o martelo nesta sexta-feira.

E a Amil não deve recorrer da decisão. A orientação dentro da operadora, dizem fontes, é para acatar e deixar a poeira abaixar.

Em 5 de abril, a Diretoria Colegiada da ANS determinou em medida cautelar que a operadora Amil reassumisse e se mantivesse como responsável pela carteira de planos individuais e familiares, que somam mais de 340 mil pessoas, que haviam sido transferidos para a APS. A decisão desta sexta-feira será a definitiva.

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Há uma avaliação interna que a transferência da carteira para a APS já com vistas a mudança do controle acionário foi atabalhoada e repercutiu mal para a imagem da empresa.

Toda a operação teria sido montada nos EUA com pouca participação da gestão nacional da operadora.

 

Entenda o caso

 

No início de janeiro, a agência havia autorizado a transferência dos planos individuais e familiares da carteira da Amil em Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná para a APS, que pertence também o UnitedHealth Group, dono da Amil.

Em fevereiro, um grupo formado por Fiord Capital, Seferin & Coelho e Henning Von Koss fechou um acordo com a Amil para assumir o controle da APS.

Como a solicitação formal para a transferência de controle da APS aos novos sócios não havia sido enviada ao regulador, a agência suspendeu, em 8 de fevereiro, a operação.

Segundo o presidente da agência, Paulo Roberto Rebello Filho, apenas no dia 14 de março foram entregues as documentações pendentes pelo grupo que pretende assumir o controle da APS.

Os novos controladores da APS planejam dobrar a carteira da operadora hoje de 330 mil beneficiários num período de dois anos, perseguindo a meta de transformar a empresa em líder nesse segmento no país. A transação teria aporte de R$ 2,4 bilhões da Amil, incluindo ainda a transferência de quatro hospitais.

Usuários dos planos individuais transferidos da APS para Amil têm se queixado de redução da rede credenciada, dificuldade na comunicação com a operadora, o que levou à ANS a pedir a Amil um plano de ação e manter um monitoramento permanente sobre as demandas dos usuários dessa carteira.

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