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Anulação de Holding Familiar criada por patriarca para excluir herdeira legítima da sucessão: entenda os riscos e a importância do profissional qualificado

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Foto Anulação de Holding Familiar criada por patriarca para excluir herdeira legítima da sucessão: entenda os riscos e a importância do profissional qualificado

Anulação de Holding Familiar: entenda os riscos e a importância do profissional qualificado

 

A Holding Familiar é uma ferramenta de planejamento patrimonial e sucessório cada vez mais utilizada no Brasil. Sua principal promessa é a organização do patrimônio, a redução da carga tributária e a simplificação da transferência de bens entre gerações. No entanto, a crescente onda de notícias sobre a anulação de holding familiar em tribunais brasileiros acende um alerta: o que pode levar à invalidação dessa estrutura e qual o papel crucial do profissional que a constitui?

 

O que leva à anulação de uma holding familiar?

A holding familiar, quando mal elaborada ou utilizada com desvio de finalidade, pode ser considerada nula pela Justiça. A jurisprudência brasileira tem se consolidado em identificar alguns motivos centrais para a invalidação dessas estruturas, que geralmente ferem normas cogentes do Direito Civil e do Direito de Família e Sucessões.

 

Os principais fundamentos para a anulação incluem:

Sérgio Meredyk, advogado do Vilhena Silva Advogados

Fraude à Legítima: ocorre quando a constituição da holding é utilizada para dissimular uma doação ou transferência de bens que prejudique a quota-parte da herança reservada aos herdeiros necessários (legítima). Nulidade do ato por violação de lei imperativa (Art. 1.846 do Código Civil).

Simulação: caracteriza-se pela declaração enganosa de vontade, visando aparentar um negócio jurídico diferente do realmente pretendido (ex: simular uma compra e venda ou integralização de capital para ocultar uma doação). | Nulidade absoluta do negócio jurídico simulado (Art. 167 do Código Civil).

Desvio de Finalidade: a holding é utilizada como mero instrumento de “blindagem patrimonial” ou para fraudar credores, sem que haja uma atividade empresarial real ou propósito lícito. Possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica (Art. 50 do Código Civil) e, em casos extremos, nulidade.

Pacto Sucessório (Pacta Corvina): inclusão de cláusulas que disponham sobre herança de pessoa viva, o que é expressamente vedado pelo ordenamento jurídico brasileiro.  Nulidade da cláusula ou do negócio jurídico (Art. 426 do Código Civil).

A Justiça tem sido rigorosa ao analisar a intenção por trás da constituição da holding. Se o objetivo primário for fraudar a lei, prejudicar herdeiros ou credores, a chance de anulação é alta.

 

A importância da qualificação profissional e o risco das cláusulas

A complexidade do planejamento sucessório e patrimonial exige um nível de conhecimento técnico que vai além do Direito Societário. É aqui que reside o ponto mais crítico e a sua principal mensagem:

A constituição e elaboração de uma Holding Familiar deve ser muito bem feita por um profissional que esteja habilitado, muito bem preparado e que conheça profundamente o Direito das Sucessões, o Direito de Família e o Direito Societário.

A falha na elaboração, muitas vezes, está nas cláusulas do Contrato Social ou dos Acordos de Quotistas. Cláusulas mal redigidas ou que tentam burlar a legislação sucessória (como as que configuram fraude à legítima ou pacto sucessório) são o principal alvo da Justiça.

O profissional que fará a holding deve estar habilitado, muito bem preparado e conhecer muito bem o direito das sucessões, cuidado com as cláusulas.

A escolha de um advogado especialista e com experiência comprovada é o fator de maior peso para garantir a validade e a eficácia da holding. A economia na contratação de um profissional pode resultar em um litígio caro e na anulação de todo o planejamento, expondo o patrimônio a riscos que se pretendia evitar.

A Holding Familiar é uma estratégia poderosa, mas não é isenta de riscos. A sua anulação é uma realidade jurídica que serve de lição: a validade e a segurança do seu patrimônio dependem diretamente da **integridade e da excelência técnica** do profissional responsável pela sua constituição. Não encare o planejamento sucessório como uma simples formalidade, mas sim como um ato jurídico complexo que exige o máximo de cuidado e conhecimento especializado.

 

*Este artigo tem caráter meramente informativo e educacional, não configurando consulta jurídica. Recomenda-se a consulta a um advogado especializado para análise do caso concreto.*

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