O reajuste por sinistralidade é um critério usado para calcular o aumento das mensalidades dos planos de saúde coletivos. Esse modelo considera as despesas da operadora com os beneficiários ao longo do ano, impactando diretamente os custos do plano.
Os planos coletivos são divididos em duas categorias:
Diferente dos planos individuais, cujos reajustes são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos coletivos não possuem um teto de reajuste fixado pelo órgão. Isso dá maior liberdade às operadoras para definir os percentuais de aumento.
O reajuste ocorre quando as despesas da operadora com atendimentos médicos superam um percentual médio da receita, geralmente fixado em torno de 70%. Esse índice é usado para justificar a necessidade de aumento nos valores das mensalidades.
A Resolução Normativa 565/2022 determina que os contratos com menos de 30 vidas sejam agrupados, garantindo um reajuste uniforme entre os planos desse segmento.
Muitos beneficiários enfrentam dificuldades para entender como os reajustes são aplicados. As operadoras nem sempre fornecem detalhes claros sobre os critérios utilizados, o que pode gerar dúvidas sobre a proporcionalidade do aumento.
O Tribunal de Justiça de São Paulo já decidiu, em alguns casos, que as operadoras devem comprovar, de forma transparente, os custos que justificam o percentual aplicado no reajuste por sinistralidade.
Se o reajuste parecer desproporcional, o consumidor pode buscar esclarecimentos e, se necessário, contestar o aumento.
O advogado poderá analisar o caso e orientar sobre possíveis medidas administrativas ou judiciais. Cada situação deve ser avaliada individualmente para determinar a melhor estratégia.
O reajuste por sinistralidade pode impactar significativamente o custo dos planos de saúde coletivos. Por isso, é essencial que os consumidores conheçam seus direitos, analisem os contratos com atenção e questionem eventuais aumentos que pareçam excessivos. Buscar informações e, quando necessário, apoio jurídico pode ser um passo importante para garantir mais transparência e equilíbrio nos reajustes.