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Investidores da Amil ainda tentam negociar com ANS

Valor Econômico | Beth Koike | 18/04/2022

Fiord Capital, Seferin & Coelho (dona da rede hospitalar Pro Life) e Henning Von Koss enviam carta à ANS para voltar a discutir a carteira de planos de saúde individuais da Amil

O grupo de investidores que fez proposta para aquisição da carteira de planos individuais da Amil enviará nesta segunda-feira uma carta à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), questionando o argumento do órgão regulador sobre a falta de capacidade financeira dos investidores para assumir a carteira com cerca de 340 mil usuários. O grupo ainda tenta uma negociação para ficar com o ativo.

No último dia 4, a ANS comunicou ao mercado que a venda dessa carteira não poderia ser realizada, entre outros motivos, porque os investidores – grupo formado pelo fundo Fiord Capital, Seferin & Coelho (dona da rede hospitalar Pro Life) e Henning Von Koss – não têm capacidade para garantir o equilíbrio econômico financeiro dessa carteira. “Gostaríamos de entender exatamente o que é essa falta de capacidade financeira porque atendemos aos critérios técnicos de provisões, reservas, margens de solvência. Estamos dispostos a conversar e se, for o caso, atender às novas demandas para nos enquadrar às exigências do regulador”, disse Nikola Lukic, fundador do Fiord Capital.

Hoje, segunda-feira, termina o prazo concedido pela ANS para que Amil se manifeste em relação ao comunicado do último dia 4. Segundo fontes, a UnitedHealth, dona da Amil, também deve se manifestar nesta segunda-feira.

O Valor apurou que a agência reguladora não deve recuar de sua posição. No comunicado do começo do mês, a agência foi bastante incisiva destacando que a carteira de planos individuais deve retornar aos donos originais. Apesar de ter deixado uma brecha ao informar que se tratava de uma medida cautelar, a ANS não deve mudar sua decisão.

Em caso de negativa definitiva da ANS, os investidores não devem apelar para uma judicialiazação. “A agência pretende deixar uma carteira de planos individuais com uma operadora grande [Amil/UnitedHealth], mas que não tem foco nesse público, que não é a prioridade deles”, disse Koss, que faz parte do grupo de investidores e tem passagem por operadoras como Medial e Hapvida.

O executivo reclama ainda que a ANS está considerando em seus critérios técnicos, os indicadores de sinistralidade de uma carteira de planos individuais sem gestão, sem entrada de novos usuários. “Nosso ‘business plan’ contempla abrir a venda de planos individuais para novos usuários o que reduz a sinistralidade”, disse Koss.

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