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É possível fazer transplante de fígado pelo plano de saúde?

Seus direitos!

Quando uma pessoa é diagnosticada com uma cirrose grave, hepatite medicamentosa ou qualquer outra doença que exija um transplante de fígado, costuma enfrentar dois problemas. O primeiro é a espera pelo órgão, já que a fila de doações nem sempre anda com a rapidez que os doentes necessitam. O segundo é a recusa dos planos de saúde em custear a cirurgia.

As operadoras costumam negar o custeio da operação, alegando que o transplante não consta no Rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), uma lista que determina quais doenças e terapias devem ser minimamente cobertas.

Por conta disso, pacientes que necessitam de transplante são obrigados a procurar hospitais públicos, sobrecarregando ainda mais a rede, mesmo sendo beneficiários de planos de saúde e aptos a usarem unidades particulares credenciadas para este tipo de cirurgia. Quem se arrisca a fazer o transplante em locais privados enfrenta muitas vezes contas de quase R$ 500 mil após receber alta.

 

Entenda por que a seguradora agora é obrigada a custear a cirurgia

 

Mas, atenção, isso mudou! Agora, todos os doentes hepáticos podem recorrer ao plano de saúde caso necessitem de transplante de fígado. E o plano é obrigado a pagar, sem discutir.

Isso acontece porque, em setembro de 2022, a ANS incluiu a cirurgia de transplante de fígado em seu rol de procedimentos. Com a mudança, toda negativa se torna flagrantemente abusiva.

A ANS também incluiu na lista todos os procedimentos necessários ao período pré e pós-operatório. Ou seja, exames como a detecção de PCR citomegalovírus e para o vírus Epstein Barr também passaram a ser custeados integralmente.

Não há mais justificativa para que os planos não paguem o transplante de fígado. Se a operadora se recusar, dizendo que há outros procedimentos que podem substituir ou postergar a necessidade da cirurgia, não aceite. Lembre-se que o médico é quem define o melhor tratamento para cada paciente. O plano de saúde não pode interferir no assunto.

 

E se o plano continuar se recusando, o que fazer?

 

Se, mesmo com a incorporação do transplante de fígado no rol da ANS, a operadora continuar negando a cirurgia ou inventando subterfúgios para adiá-la ao máximo, não pense duas vezes e procure a Justiça em busca de seus direitos.

Reúna toda a documentação relativa à recusa, como cartas, e-mails ou até mesmo trocas de mensagem por celular, e siga em busca de ajuda jurídica. O advogado de sua confiança poderá entrar com um pedido de liminar, que normalmente é analisado em até três dias. Após a Justiça deferir o pedido, em pouco tempo o paciente poderá ser operado. Lute pelo que é seu!

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