fbpx
Leucemia linfoide cura

Menina de 5 anos toca ‘sino da cura’ ao vencer o câncer e mãe comemora: ‘Agora é aproveitar cada minutinho’

G1 | Fernanda Fadel | 21/08/2022

Valentina Lopes fez dois anos e meio de tratamento de quimioterapia no Hospital da Criança do Grendacc, em Jundiaí (SP), e agora está sem vestígios da leucemia linfoide aguda.

 

Valentina Lopes Ferreira comemora cura ao lado da mãe, Ágata — Foto: Grendacc/Divulgação

Valentina Lopes Ferreira, de 5 anos, foi a estrela dos corredores do Hospital da Criança do Grendacc na última quinta-feira (17). Ela ganhou palmas, depoimentos e olhares brilhantes do corpo médico, de funcionários e da família, que celebrou o fim do seu tratamento contra uma leucemia linfoide aguda.

“Ver os resultados dos exames livres de vestígios do câncer, saber que a minha filha estava curada, foi o melhor dia das nossas vidas”, diz Ágata da Silva Lopes, de 27 anos.

Quando um paciente completa o tratamento no Grendacc, a superação é comemorada ao som de badaladas. Valentina entrou para o time dos curados, com direito ao sino da vitória e um abraço caloroso na mãe.

“Agora eu quero curtir o tempo com qualidade. Aproveitar cada minutinho da vida com a minha família!”, planeja a mãe para a fase que se abre depois do sino que ecoou.

 

Dois anos e meio de tratamento

 

O diagnóstico da leucemia linfoide aguda que acometeu Valentina veio no dia 31 de outubro de 2019. Até a investigação médica ser concluída, vieram muitos diagnósticos errados em momentos em que ela apresentava fortes dores nas pernas e dificuldade de andar.

“Fomos muitas vezes ao pronto-socorro. Ela não estava mais conseguindo colocar o pé no chão. Diziam que era dor do crescimento, diziam que ela poderia ter se machucado, mandavam a gente voltar para a casa apenas com antibiótico”, conta a mãe.

Um mês de idas constantes ao hospital, e a história ganhou outro rumo depois de um atendimento com “uma médica maravilhosa”, como relembra Ágata: “Ela resolveu pedir uma bateria de exames. Passamos um dia inteiro no hospital sendo atendidos e chegou o momento em que ela nos disse: ‘mãe, eu não sou especialista, mas a sua filha tem uma doença muito grave’. A partir daí abre-se um buraco e você cai dentro, né?”, comenta.

A família de Paulínia (SP) foi encaminhada para o Grendacc, hospital referência no tratamento de câncer infantil em Jundiaí (SP), e a luta de Valentina começou. Foram 101 ciclos de quimioterapia, diversas internações, transfusões de sangue e enfrentamentos que Ágata recorda com reflexões.

“O mundo podia estar desabando e minha menina continuava sorrindo. Ela sempre aceitou muito bem, quase nunca chorou e foi muito forte!”, conta a mãe.

 

Fé na humanidade e na medicina

 

Desde o início das dificuldades enfrentadas com a filha, Ágata diz que a suas crenças não foram abaladas. “Eu falei para Deus que não ia questionar o porquê comigo, o porquê com a Valentina, eu iria apenas entender o processo e cuidar dela”, explica. “Fiquei com a confiança lá em cima, acreditando que ela ia superar a doença”, completa.

Ágata diz que, ao receber a ajuda de diversas pessoas – desde pessoas que compraram rifas da família para custear as idas para Jundiaí (SP), a anônimos que contribuem com doações voluntárias para o Grendacc – , a fé na humanidade também se fortaleceu.

Notícias que podem ser de seu interesse:

 

“Foram gestos tão bonitos de gente que abraçou a causa da nossa filha. Às vezes as pessoas pensam: ‘Ah, mas o valor que eu doei é tão pouco, não vai fazer diferença para ninguém”. Mas o pouquinho de doação se junta e vira um montão. Essa atitude de quem não nos conhecia e nos ajudou é uma mensagem de amor.”

“A medicina, hoje em dia, é tão avançada e consegue ser 100% em um tratamento contra o câncer. Sou muito grata a todos os médicos e cientistas que estudam por nós”, considera Ágata.

 

Planos para hoje

 

Voltar à rotina, retornar à escola, fazer atividade física e brincar sem limites. Estas são algumas das metas que a mãe de Valentina promete compensar com força no dia a dia da garota.

Ágata festeja a oportunidade de viver a cura da pequena e inclui nas metas: “Nosso projeto maior é ter, no mínimo, duas viagens por ano em família. Isso tudo abalou muito nossas vidas, mas vimos o valor de estarmos juntos. E chegou a hora de aproveitar”, conclui.

Veja também:

 



WhatsApp chat