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Uso moderno das cirurgias é eleito o avanço do ano contra o câncer

No Dia Mundial do Câncer, uma entidade americana aponta o refinamento das cirurgias como principal destaque recente frente aos tumores

Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

O documento, claro, aborda os avanços técnicos e tecnológicos que possibilitaram operações mais precisas, que geram menos efeitos colaterais. No entanto, seus autores dão destaque especial para como a utilização de remédios modernos moldou a cirurgia oncológica nos últimos anos.

“Nosso reconhecimento de avanço do ano é para a forma como os tratamentos sistêmicos contra o câncer ajudaram a melhorar a eficácia e a reduzir o tamanho das cirurgias”, afirma Howard Burris, presidente da entidade.

Explica-se: tratamentos medicamentosos como a imunoterapia e a terapia-alvo podem ser úteis antes de uma operação, diminuindo a extensão da enfermidade. Isso ajuda os cirurgiões a fazerem procedimentos menores e pouco invasivos sem comprometer as chances de sucesso.

Além disso, algumas drogas de última geração podem ser administradas após a intervenção cirúrgica para eliminar pequenos focos de câncer que não foram extraídos com o bisturi. Isso ameniza o risco de a doença retornar.

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Tal progresso permite que mais pessoas se submetam a cirurgias capazes de melhorar consideravelmente a qualidade e o tempo de vida. Ao mesmo tempo, minimiza a probabilidade de alguém se submeter a uma operação grande e de eficácia reduzida.

Essa já é a 15ª vez que a Sociedade Americana de Oncologia Clínica elege um avanço do ano. Em 2019, os tratamentos para tumores raros levaram o prêmio. No ano anterior, as chamadas CAR-T Cells, uma técnica que modifica geneticamente células do próprio paciente para enfrentar a doença, ficaram com o título. Antes disso, a imunoterapia havia sido reconhecida pelos experts.

As prioridades para acelerar o progresso contra o câncer

Os autores do mesmo relatório também listaram pontos que precisam ser trabalhados para lidarmos melhor com essa enfermidade nos próximos anos. São eles:

  • Identificar estratégias para antever melhor as respostas do tratamento com imunoterapia
  • Limitar a extensão das cirurgias com tratamentos sistêmicos
  • Pesquisar e aprimorar a medicina de precisão em cânceres pediátricos ou raros
  • Otimizar o cuidado a idosos com um tumor maligno
  • Aumentar o acesso de populações mais carentes a pesquisas clínicas
  • Reduzir as reações adversas do tratamento oncológico
  • Diminuir a obesidade e seu impacto na incidência do câncer e nas complicações ligadas a ele
  • Detectar melhor lesões pré-cancerosas e predizer qual o tratamento necessário para elas

 

Fonte: Saúde Abril



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