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Época, O Globo e Valor Econômico promovem evento sobre pandemia

Evento discute as lições da crise sanitária

A Covid-19 acentuou as antigas deficiências da saúde no Brasil, levando a vida de mais de 410 mil cidadãos do país. Nessa tragédia, há o que aprender. “A pandemia funcionou como uma tomografia em altíssima definição das qualidades e dos problemas do sistema de saúde do Brasil”, comparou o diretor executivo da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Antônio Britto. O desafio para o futuro é consolidar o conhecimento adquirido com essa experiência traumática, garantindo um sistema — público e privado — mais bem preparado para reagir a novas crises. Para contribuir com esse esforço, ÉPOCA e os jornais O GLOBO e Valor Econômico promovem, nas segundas-feiras de maio, o Fórum de Saúde Brasil. Com patrocínio de Dasa e FenaSaúde, o evento reunirá, em seis mesas-redondas on-line, médicos, pesquisadores e especialistas para discutir políticas públicas, gestão de hospitais, produção de vacinas e pesquisa científica.

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Os debates acontecerão pela manhã e à tarde, com transmissão pelas redes sociais de O GLOBO, Valor Econômico e ÉPOCA. No dia 10, o Fórum de Saúde Brasil será aberto com o tema “A gestão dos hospitais durante a pandemia de Covid-19 em suas diferentes fases”. Com mediação da colunista do GLOBO Flávia Oliveira, participam Antônio Britto; a professora de administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro Cláudia Affonso Silva Araujo — que é pesquisadora do Centro de Estudos em Gestão de Serviços de Saúde —; o diretor do Hospital Ronaldo Gazolla, Roberto Rangel; e o Diretor Geral de Negócios Hospitalares e Oncologia na Dasa, Emerson Gasparetto.

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Cláudia Araujo prevê que a pandemia deixará os gestores mais atentos à rede de suprimentos de seus hospitais — que é um ponto crítico, como se viu no período em que faltou oxigênio em Manaus. “Um legado positivo poderá ser uma maior aproximação entre os setores público e privado”, disse ela. Na mesma linha, Britto, representante dos hospitais privados, observou que a experiência atual reforçou a importância do SUS, mas também dos hospitais privados e filantrópicos, que cedem leitos ao sistema público e aliviam sua sobrecarga. Roberto Rangel, do Ronaldo Gazolla, hospital referência para Covid-19 no Rio, falará da complexa experiência de reorganizar a instituição para atender as vítimas da pandemia. Sob pressão, o hospital conseguiu ampliar a capacidade operacional de 250 para 420 leitos.

Ainda no dia 10, com mediação da jornalista do GLOBO Luciana Casemiro, o segundo debate terá como tema “O impacto do investimento em pesquisa clínica e em novas tecnologias durante e após a pandemia”. Os convidados são a head de pesquisa clínica da Dasa, Andreza Senerchia; a presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor), Fernanda Tovar-Moll; e a coordenadora do FGV/Saúde, Ana Maria Malik. “As autoridades precisam estabelecer uma política clara sobre o que o Brasil quer fazer com seu sistema de saúde. A Covid não é a primeira pandemia internacional e não será a última”, alertou Malik.

Marcos Patullo – Advogado e sócio do Vilhena Silva Advogados.

A primeira mesa do dia 17 intitula-se “O impacto do coronavírus no setor dos planos de saúde e no serviço dos segurados”. Entre os convidados estão o superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), José Cechin, e a diretora executiva da FenaSaúde, Vera Valente. À tarde, o debate será sobre “Os gargalos na legislação do setor”, e contará com a presença, entre outros, do advogado especializado em direito à saúde Marcos Patullo e da advogada Ana Carolina Navarrete, coordenadora do programa de Saúde do Instituto de Defesa do Consumidor. Navarrete alertou sobre dados pouco alentadores: 25% dos brasileiros contam com plano de saúde, mas os planos, em conjunto, pagaram por apenas 7% dos testes de coronavírus realizados no país. “A Agência Nacional de Saúde não conseguiu regular essa situação”, disse ela.

O último dia do Fórum será dedicado a uma das questões mais prementes do debate público brasileiro — e da atual CPI da Covid: vacinas e insumos. O primeiro debate abordará “O papel da indústria farmacêutica na garantia de vacinas seguras contra a Covid-19”. Já o encontro que encerra o evento, à tarde, discutirá “A falta de insumos e a dependência externa para a produção de vacinas”. Entre os convidados está o imunologista Ricardo Gazzinelli, pesquisador e professor da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisador titular da Fiocruz Minas. Ele afirma que o Brasil precisa desenvolver infraestrutura para a produção de vacinas, incorporando novas tecnologias como a vacina com RNA.

“A grande questão é se no pós-pandemia vamos, em respeito aos milhares e milhares de mortos, finalmente ter uma discussão séria sobre o aperfeiçoamento e as mudanças necessárias no sistema de saúde”, resumiu Antônio Britto. O Fórum de Saúde Brasil pretende levantar essa discussão.

PROGRAME-SE

O FÓRUM SAÚDE BRASIL começa no dia 10, com debates das 9h30 às 11 horas e das 16 horas às 17h30. Pode ser acompanhado nos perfis de ÉPOCA nas redes sociais (Facebook e Youtube). A revista trará semanalmente a cobertura dos encontros já realizados e a programação dos próximos

 

 



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