14 abr Brasileiros contrataram planos de saúde antes da pandemia do Coronavírus
Quase 2 milhões de contratos foram firmados com planos de saúde nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2020. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), 1,7 milhão de novos beneficiários passaram a contar com planos exclusivamente odontológicos e outras 123,7 mil pessoas aderiram aos planos médico-hospitalares. Alta de 6,9% e 0,3% respectivamente.
“Fevereiro foi um mês positivo, com muitos brasileiros realizando o sonho de contar com um plano de saúde”, comenta José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Os efeitos da pandemia do Coronavírus, em março, e do isolamento social adotado corretamente para combater o contágio acelerado da Covid-19 ainda não se fazem presentes nestes dados e deixam uma interrogação sobre os números dos próximos meses. Tanto é possível que tenhamos um aumento de beneficiários, em busca de contar com a segurança do plano, quanto uma redução por conta das pessoas que perderão o emprego e renda e não terão condições de manter o benefício”, pondera.
O executivo destaca que o comportamento registrado em fevereiro dava continuidade à tendência observada no segundo semestre de 2019 e esperada para o ano de 2020, com uma ligeira recuperação do total de vínculos médico-hospitalares avançando juntamente com o aquecimento do mercado de emprego. A mudança no cenário nacional (e internacional) contudo, impede uma previsão acurada no momento. “Precisamos observar o mercado, a sociedade e os resultados do empenho contra a pandemia antes de refazer qualquer cálculo”, afirma.
Entre fevereiro de 2019 e fevereiro de 2020 a taxa de desocupação caiu de 12,4% para 11,6%. Esta queda resulta do aumento de pessoas com registro de carteira assinada, que passou de 32,9 milhões para 33, 6 milhões no período. Aumento de 2%. O rendimento médio real destas pessoas também cresceu de R$2.232 para R$2.252, uma variação positiva de 0,9%.
Os números de fevereiro na NAB foram impulsionados pela contratação de planos no Sudeste e por beneficiários com 59 anos ou mais, que cresceu 1,7%. Na modalidade médico-hospitalar, Minas Gerais foi o Estado com maior avanço no total de beneficiários: 60,1 mil pessoas passaram a contar com este tipo de plano, alta de 1,2%.
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Já nos planos exclusivamente odontológicos, foi em São Paulo que a maior parte dos novos contratos foram firmados. No total, 715,5 mil novos vínculos foram registrados no Estado, o que representa uma alta de 8,4%.
Alagoas foi a única Unidade Federativa com redução no total de vínculos com planos exclusivamente odontológicos. A queda de 0,8% significa que 2,2 mil pessoas deixaram de contar com o benefício.
Já entre os planos médico-hospitalares, a retração foi registrada em 10 Estados. Sendo que os recuos mais expressivos foram anotados em Santa Catarina, que perdeu 29,3 mil beneficiários (-2%); e no Ceará, onde 23,9 mil vínculos foram rompidos (-1,9%).
Fonte: Terra (https://www.iess.org.br)