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Os 10 remédios mais importantes da história

Terra | 16/07/2022 | Augusto Dala Costa

Os remédios são muito importantes para termos qualidade de vida, mas alguns deles revolucionaram a medicina: confira os 10 mais importantes da história

Remédios, drogas ou medicamentos, chame como quiser: o desenvolvimento de substâncias que auxiliam os seres humanos a passar por doenças de forma segura percorre toda a história da nossa espécie, crescendo junto aos avanços científicos e, é claro, médicos. Para relembrar os bálsamos que mais se destacaram, preparamos uma lista dos 10 remédios mais importantes da história.

Os critérios para a lista são dois: primeiramente, falaremos dos medicamentos direcionados às condições que mais ameaçam nossas vidas, já que descobrir formas de combatê-las permitiu que tivéssemos uma base para eliminar ou diminuir a severidade de coisas que, anteriormente, nos matariam. Depois, consideramos a escala de uso das drogas em questão e a quantidade de pessoas que puderam ser tratadas.

 

10. Éter

 

Utilizado como medicamento pela primeira vez em 1846, o éter já era conhecido 300 anos antes do seu uso, mas ainda não se havia descoberto seu potencial como anestésico. Antes dele, desde cirurgias simples a amputações eram realizadas basicamente segurando o paciente na força bruta. A partir do éter, pudemos suprimir a atividade cerebral dos pacientes ao ponto de fazer operações complexas sem dor.

Nas últimas décadas, a medicina conseguiu desenvolver anestésicos mais efetivos e modernos, mas a base para tratar pessoas sem necessariamente sentir todos os procedimentos foi dada por esta importante substância.

 

9. Inibidores de protease do HIV

 

Infecções pelo vírus do HIV começaram a ser documentadas globalmente em 1981: quatro anos depois, a medicina conseguiu identificá-lo como o agente que causava a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, ou, na sigla em inglês, AIDS). Durante os anos 1990, surgiu uma categoria de medicamento muito importante para o tratamento da doença: os inibidores de protease.

Os inibidores de protease do HIV, embora não tenham sido os primeiros remédios contra o vírus, puderam ajudar os médicos a diminuir os níveis da doença (com o auxílio de outras drogas) o suficiente para que os pacientes não desenvolvessem a AIDS, mesmo hospedando o patógeno. Dos 23 remédios distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contra a doença, 9 são inibidores de protease.

 

8. Quimioterapia

 

O gás mostarda, utilizado primeiramente como arma durante a Primeira Guerra Mundial, foi um dos primeiros agentes usados para o tratamento do câncer, nos anos 1940 — apesar de matar as células cancerosas, ele também danificava muito as células saudáveis, reduzindo os índices de sobrevivência dos pacientes.

 

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Depois, a primeira droga que provou sua utilidade contra o câncer em específico foi o metotrexato, que curou um coriocarcinoma em 1956. Nas décadas seguintes, avanços na quimioterapia incluíram diversas melhorias nos medicamentos e nos métodos de tratamento, aumentando as taxas de sobrevivência dos pacientes consideravelmente.

Atualmente, a quantidade de agentes quimioterápicos e programas de detecção da doença em estágios iniciais contribuem muito para a qualidade de vida dos pacientes de câncer por todo o mundo.

 

7. Clorpromazina ou amplictil

 

A clorpromazina, descoberta em 1951, foi a primeira droga antipsicótica do mundo. A psiquiatria foi, de modo geral, muito mudada pelo aparecimento do remédio: pouco mais de 10 anos depois da sua descoberta, 50 milhões de pessoas já o utilizavam ao redor do mundo em tratamentos contra a esquizofrenia. O medicamento também pavimentou o caminho para tratamentos contra a ansiedade e depressão.

Os mecanismos pelos quais a droga atua ajudaram pesquisadores a entender seus efeitos em neurotransmissores cerebrais e como os impulsos são transmitidos pelos neurônios, ajudando a compreender como as doenças mentais funcionam. No Brasil, o nome popularizado comercialmente do remédio é amplictil.

 

6. Vacina contra a poliomielite

 

Vacinas, embora tecnicamente não sejam drogas, fazem parte da medicina preventiva. A poliomielite, causada por um vírus que habita o trato intestinal e a garganta, já foi uma das principais causadoras de problemas motores no mundo. Após a introdução da vacina, em 1955, a doença foi erradicada em quase todos os lugares do mundo. Como o vírus ainda existe, crianças continuam precisando tomar o imunizante.

 

5. Aspirina

 

A Aspirina surgiu, primeiramente, na forma de ácido acetilsalicílico, quando um farmacêutico da Bayer utilizou a substância para tratar o reumatismo do pai, em 1899. À época, acreditava-se que a aspirina aliviava a dor agindo no sistema nervoso central, mas hoje sabemos que a droga também serve para afinar o sangue e ajuda a prevenir doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais.

Para pacientes com dores musculares, artrite ou dores de cabeça, no entanto, não é indicado tomar a medicação, já que seus efeitos colaterais podem ser mais séries nesses casos. A droga é melhor utilizada para efeito analgésico.

 

4. Morfina

 

A morfina foi descoberta pelo farmacêutico alemão Freidrich Serturner no início dos anos 1800, tornando-se um produto difundido comercialmente pela Merck em 1827. Seu uso chegou ao ápice, no entanto, quando começou a ser aplicada através de uma seringa hipodérmica em 1852. Apesar de viciante, a medicina considera os benefícios do sedativo como muito superiores às desvantagens que pode trazer.

O uso da morfina proporcionou qualidade de vida a milhões de pessoas com ferimentos graves ou condições médicas mais sérias desde sua descoberta, que também deu caminho a novas gerações de remédios contra a dor, hoje podendo ser comprados até mesmo sem receita em farmácias por todo o mundo.

 

3. Vacina contra a varíola

 

A varíola já foi uma doença tão mortal quanto câncer ou problemas cardíacos, e um dos maiores desafios já enfrentados pela humanidade. Após o desenvolvimento da vacina contra a condição em 1798, no entanto, ela se tornou uma das primeiras doenças a ser erradicada do nosso planeta, sendo uma das maiores conquistas do ser humano.

 

2. Insulina

 

Pessoas com diabetes avançada não conseguem produzir insulina, um hormônio envolvido na conversão de açúcar em energia, em quantidades suficientes para sobreviver se alimentando normalmente. Antes de 1922, quando começou a ser administrada como remédio, os pacientes precisavam fazer uma dieta que quase levava à inanição.

Além de ajudar diabéticos a viver uma vida normal, a insulina também pavimentou o caminho para as atuais terapias de reposição hormonal.

 

1. Penicilina

 

Descoberta em 1928, mas utilizada apenas em 1942, a penicilina foi o primeiro antibiótico a ser usado oficialmente pelo ser humano. Um verdadeiro marco histórico, o advento da substância levou ao tratamento de inúmeras doenças bacterianas, salvando cerca entre 80 milhões e 200 milhões de vidas desde então.

Calcula-se que 75% das pessoas vivas hoje não existiriam sem a penicilina, já que seus ancestrais teriam provavelmente morrido em decorrência de infecções. Ela trata desde pneumonia a escarlatina, além de infecções no ouvido, pele e garganta. Só em 2010, mais 7,3 bilhões de unidades do medicamento foram administradas em todo o mundo.

Seu uso indiscriminado, no entanto, criou uma resistência geral a antibióticos, e algumas superbactérias têm evoluído em resposta aos efeitos do medicamento.

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