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Dia do Idoso

Temos muito a aprender com os mais velhos. Feliz Dia do Idoso!

Foi-se o tempo em que a representação do idoso era um homem numa cadeira de balanço e uma mulher com novelos de tricô nas mãos. O desenvolvimento da medicina, das novas tecnologias, e a consciência de bem-estar permitem que uma pessoa viva muito mais hoje e tenha sua vida prolongada, especialmente se praticar esportes, cuidar da alimentação e da saúde.

Por: Renata Vilhena Silva

Com o envelhecimento da população, o mundo enfrenta uma questão séria porque não se preparou para acolher aqueles que já foram ativos e, agora, merecem desfrutar do tempo que lhes resta. Alguns preferem se ver no descanso ao passar dos 60 anos, idade determinada pela Organização da Saúde para que o indivíduo seja considerado idoso, mas a maioria ainda quer ter acesa a chama da vitalidade, deseja estar com as famílias, passear, praticar uma atividade física, namorar, conviver com os amigos e, não raro, trabalhar.

Qual, então, o lugar dos idosos na sociedade, que permite que planos de saúde explorem seus “velhos” clientes, que contribuíram a vida toda quando eram saudáveis, mesmo com a proteção do Estatuto do Idoso?

Qual o espaço para eles em cidades que não têm calçadas adequadas para que caminhem, ou lugares de pertencimento e cidadania? Com raras exceções nacionais (o Sesc desenvolve um belo trabalho social com bailes, viagens e atividades lúdicas e esportivas para idosos) e internacionais (a Holanda tem retiros em que idosos moram e convivem com jovens, num belo exemplo de respeito, aprendizado e troca de experiências – cada jovem exerce uma tutoria sobre um idoso e, em troca, tem casa e comida para poder estudar).

Uma das grandes queixas do idoso é a solidão, a sensação de estar perdido no mundo moderno, que já foi dele e com o qual não se identifica mais.

Os alto custo de um plano de saúde para os que têm mais de 60 anos e mal conseguem receber uma aposentadoria decente, inviabiliza o tratamento adequado muitas vezes. Assim, a sociedade alimenta o círculo vicioso da doença que gera mais doença.

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Investir em prevenção, em modelos básicos de cuidado e atenção ao idoso é urgente. Medidas inteligentes e sensíveis como a da Holanda são viáveis, permitindo que os mais velhos vivam seus dias com alegria e dignidade. Além disso, eles têm muito a ensinar aos que um dia também vão envelhecer.

Escutá-los poderia ser um bom exercício para os políticos que criam medidas descabidas e desrespeitosas, esquecendo-se de que são humanos e o futuro os espera.

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