Novo golpe: criminosos fingem ser advogados para extorquir pessoas pelo WhatsApp

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CNN Brasil | Matheus Prado | 12/02/2023

Fraude movimentou mais de R$ 650 mil; Tribunal de Justiça orienta vítimas a registrarem boletim de ocorrência

Um novo golpe parece estar ganhando força no país. Criminosos estão usando nomes de empresas, especialmente escritórios de advocacia, para extorquir pessoas pelo WhatsApp.

São 49 os casos do golpe do Pix confirmados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Nas investigações, foram identificados desvios de cerca de R$ 657 mil.

Os crimes foram identificados pela Polícia Civil em Mococa, na região de Ribeirão Preto, no interior paulista.

Os criminosos atuam da seguinte maneira: eles usam nomes, logotipos, identidade visual e até assinaturas de empresas, escritórios de advocacia, bancos ou instituições públicas.

Para dar ainda mais credibilidade à abordagem, eles usam informações que deveriam ser sigilosas, como dados pessoais e bancários.

Os golpistas aproveitam a vulnerabilidade das vítimas para pedir transferências via Pix, além de outros tipos de pagamentos e senhas de acesso.

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Em um dos casos mais recentes, os criminosos se passaram por membros do escritório de advocacia localizado na capital paulista.

A CNN teve acesso a um dos diálogos. Na troca de mensagens com uma vítima, os criminosos se identificam como uma secretária do escritório, detalham um processo e chegam a enviar um documento falso, com o carimbo do Tribunal de Justiça.

Até o momento, foram presos quatro homens em Fortalez–CE. Eles responderão por associação criminosa e estelionato.

O Tribunal de Justiça de São Paulo alertou as vítimas sobre a importância de registrar boletim de ocorrência para que a polícia possa investigar esse tipo de crime.

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Estadão | Marie Morgane Le Moel | Paris | AFP | 02/2023

 

Tratamento de câncer passa por revolução, da cirurgia à imunoterapia

 

Vacinas e terapias celulares abrem nova fronteira para combate à doença

Pouco diagnosticado e sem tratamento durante séculos, o câncer passou por uma revolução terapêutica nas últimas décadas. As inovações se multiplicam, ainda que isso não signifique substituir as terapias tradicionais.

Veja abaixo quais são os tratamentos, antigos e novos, disponíveis contra a doença.

CIRURGIA

O câncer tem sido diagnosticado desde o Egito antigo. Mais tarde, o médico grego Hipócrates lhe atribuiu um nome: “karkinos”, que significa caranguejo em grego. Os primeiros tratamentos para a doença, no final do século 19, concentravam-se na cirurgia para a retirada do tumor.

Atualmente, essas intervenções seguem como “uma arma terapêutica” importante, segundo o professor Steven Le Gouill, onco hematólogo responsável pelo ambulatório do Instituto Curie, em Paris.

 

“Câncer de mama, de cólon, sarcoma… muitos tumores são deixados nas mãos dos cirurgiões”, diz Le Gouill. Mas a cirurgia também é “uma porta de entrada em muitos tipos de câncer, e é graças a ela que temos acesso ao tecido tumoral que permite o diagnóstico”.

RADIOTERAPIA

A radioterapia surgiu a partir dos avanços do físico alemão Wilhelm Röntgen, que descobriu os raios-x em 1895. Esse método continua executando um papel importante atualmente, já que mais de 70% dos tratamentos contra o câncer incluem sessões de radioterapia, que consistem em enviar raios (elétrons, fótons, prótons) que destroem as células cancerígenas.

 

Sua desvantagem é danificar os tecidos pelos quais passam até chegar ao tumor. Muitas inovações tentam remediar esse problema, entre as quais a radiação de alta frequência com doses mais fortes.

Trata-se de “ser o mais preciso possível e enviar a dose de radiação mais forte possível ao nível do tumor, sem tocar no tecido saudável”, explica Steven Le Gouill.

QUIMIOTERAPIA

Abrange medicamentos citotóxicos (várias moléculas regularmente utilizadas de forma combinada) que também vão destruir as células cancerígenas. Embora frequentemente associada aos seus efeitos colaterais, como a queda de cabelo, essa terapia continua se mostrando eficaz, como para casos de leucemia aguda.

 

VACINAS

Existem vacinas para a prevenção do câncer quando ele está associado a um vírus: as vacinas contra papilomas humanos e a hepatite B (que pode causar câncer de fígado).

Há anos, são feitas investigações para “vacinas terapêuticas”. Neste caso, trata-se de produzir antígenos tumorais (por meio do RNA mensageiro ou do próprio vírus), que permitem que o sistema imunológico ative e produza uma resposta apropriada em pacientes com câncer.
TERAPIA-ALVO

Há algumas décadas, a terapia-alvo tem mudado a vida de muitos pacientes. Trata-se de moléculas químicas concebidas especificamente para bloquear ou interromper um mecanismo molecular essencial para o avanço, proliferação ou sobrevivência das células tumorais.

IMUNOTERAPIA

É a grande revolução dos últimos anos. Consiste em reforçar o sistema imunológico do paciente para detectar e matar as células cancerígenas.

A imunoterapia é baseada em anticorpos sintéticos, produzidos em laboratórios, e várias modalidades são possíveis.

Esses anticorpos atacam, por exemplo, uma proteína na superfície das células cancerígenas. Ao se fixarem na célula atacada, os anticorpos provocam uma ação antitumoral de forma indireta ou por estímulo do sistema imunológico.

AS CÉLULAS CAR-T

Trata-se de uma terapia celular cujo objetivo é ensinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar células cancerígenas.

As células do sistema imunológico do paciente (muitas vezes linfócitos T) são removidas, geneticamente modificadas em laboratório e depois reinjetadas na pessoa. Sua tarefa será atacar as células cancerígenas.

Empresas de biotecnologia também apostaram nas chamadas células CAR-T alogênicas. Nesse caso, os cientistas vão modificar geneticamente células que não são do paciente, mas de um portador saudável.

As CAR-T mostraram eficácia em tipos de câncer no sangue, como os linfomas, algumas formas de leucemia aguda e o mieloma múltiplo. Porém, ainda é um método caro.

“O interesse é combinar todas essas abordagens e novas terapias para ter um plano personalizado para o paciente”, observa o professor Le Gouill, que se mostra otimista.

“Passamos de uma etapa em nosso entendimento sobre a célula tumoral. O câncer continua sendo um desafio, mas os avanços foram feitos de forma exponencial”, afirma.

 

Aumento abusivo plano de saúde coletivo: advogado esclarece a questão

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Recebeu um boleto do plano de saúde coletivo com aumento?

Apesar de estarem previstos em contratos, os reajustes anuais dos planos coletivos não são submetidos a qualquer tipo de fiscalização ou controle da ANS, ou pela Lei 9.656/98. Sendo assim, a operadora é livre para aplicar os reajustes unilateralmente, colocando o consumidor em extrema desvantagem.

O problema é que o reajuste anual por sinistralidade apresenta cálculos obscuros e de difícil compreensão, que pode levar a empresa a optar pelo cancelamento ou descontinuidade do plano, comprometendo algum funcionário que esteja em tratamento.

Porém, a aplicação do reajuste por sinistralidade nos planos coletivos deve ser feita com transparência por parte da operadora.

Rafael Robba, especialista em Direito à Saúde

Rafael Robba, advogado especialista em direito à saúde e sócio do Vilhena Silva Advogados

Dessa forma, percebe-se uma tendência do Poder Judiciário em revisar os reajustes nos planos coletivos quando os percentuais demonstram-se onerosos e abusivos. E ainda, quando não são devidamente justificados pelas operadoras de planos de saúde.

Os consumidores devem e podem questionar sobre reajustes injustificados.

O primeiro passo é ler o contrato do plano de saúde com atenção e conferir se as cláusulas relativas aos reajustes são claras e delimitam o índice que está sendo aplicado.

Não havendo solução, o consumidor deve procurar um advogado especialista na área de direito à saúde para analisar o contrato e verificar se houve aumento excessivo com base no histórico de pagamentos.